quinta-feira

Dúvida cruel

Olá Fred!!! Há um ano conheci um rapaz pela internet, nossa intenção era apenas sexo. Ele dizia que não havia menor possibilidade de namoro e eu concordei. Passados sete meses nessa situação e a cada dia com mais encontros, mensagens, emails... Ele solta um "eu te amo" e logo me pediu em namoro. Eu do meu jeito de ser tipo: deixa a vida me levar e também gostando dele, aceitei para ver no que ia dar. O fato é que somos de níveis sociais diferentes, ele sempre foi um ferrado, muitas vezes sem dinheiro para gasolina, lanches, restaurantes então nem pensar. Pediu-me dinheiro emprestado algumas vezes (pagou tudo) e hoje fala em filhos, família, casamento. O que tem me incomodado demais é que ele almoça, janta e lancha na minha casa (moro com meus pais), e acho que faz isso porque com isso economiza o dele. No momento estou desempregada, então vejo a carga que estou sendo para os meus pais e, se não bastasse isso, o meu namorado também está nas costas deles. Não sei o que fazer. Não sei se não acredito no amor dele pelos acontecimentos iniciais (não quero nada, além de sexo e agora quero tudo pelo amor) ou se ele é um oportunista folgado. 

Não posso me manifestar a favor ou contra, seria injusto da minha parte condenar o namoro de vocês somente por ele ser um pé-rapado, para que eu pudesse dar a minha opinião com a menor margem de erro eu precisaria de mais detalhes sobre essa sua relação. Mas acredito na vontade das pessoas, isso quer dizer que se você está me escrevendo é porque está com uma pulga atrás da orelha e tem algo na sua relação que está lhe incomodando ou podem ser alguns sinais reveladores... O meu conselho para você é: pondere os prós e os contras desse relacionamento, deixe o coração de lado um pouquinho e use mais a razão para resolver essa questão... Crie um questionário sobre o seu relacionamento que tenha no mínimo 30 perguntas sobre temas variados (família, amor, amizade, companheirismo ambição, estudo, trabalho, comportamento, sonhos...), esse questionário tem que conter o que é realmente importa para você e lembre-se de responder com sinceridade as suas próprias perguntas. Exemplos: A relação está em crescimento? O que vocês tem feito para que a relação avance? Você realmente o ama? Ele é ciumento, egoísta, nervosinho? O que você não suporta nele? Qual é o seu limite de tolerância? Ele é carinhoso? Quais são os seus planos futuros? Ele move mundos para atender um pedido seu que seja realmente especial? O que você espera de um homem para estar ao seu lado? Ele lhe faz agrados? Como você enxerga essa relação daqui alguns anos? Ele lhe traz uma flor ou faz qualquer surpresa criativa que não dependa de dinheiro? Ele a respeita? Ele é querido pelos seus amigos e familiares? Ele é espaçoso, folgado, petulante?... Essas são somente uma pequena mostra de perguntas... Não se esqueça de fazer as interrogações que tenham relevância e que sejam conclusivas para você. Depois de respondidas essas questões você irá se surpreender com as suas descobertas de si mesma.  Com essas informações em mãos análise racionalmente e misture o coração para que você possa decidir o que é melhor para você; pois a vida é curta e não se pode perder tempo com relacionamentos nocivos e sem futuro.

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